Com o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, o Marão, numa frenética disputa com o colega Fernando Gomes (sem partido), de Itabuna, para ver quem se sai pior, os dois municípios, de tantas tradições de influência econômica e política, saíram das urnas de 2018 tão mal que zeraram sua representação.
Os dois tinham dois deputados federais, Bebeto Galvão (PSB), de Ilhéus; e Davidson Magalhães (PCdoB), de Itabuna. Bebeto virou suplente de Jaques Wagner no Senado, e Davidson, de Angelo Coronel. Lá se diz que no ranking das homenagens, suplente não é nome nem mesa de jogo de pingue pongue, quanto mais de estádio. Vale muito pouco.
Chegaram ao fundo
Também tinha dois estaduais, Angela Souza (PSD), de Ilhéus, mãe do prefeito Marão, que pagou pelos pecados do filho e perdeu a reeleição (seria a terceira); e Augusto Castro (PSDB), de Itabuna, que também não se reelegeu.
Jornalistas da área dizem que assim como na economia, em que a região está lutando para construir uma nova história depois da falência do cacau como era, precisa até por necessidade fazer uma nova história também na política.
Geraldo Simões, uma das estrelas do PT, prefeito de Itabuna duas vezes, deputado estadual e depois federal, tentou eleger o filho deputado, a mulher prefeita. Neste ano nem ele mesmo conseguiu se eleger deputado estadual. Teve escassos 14.971 votos, 9.088 em Itabuna. A estrela se apagou de vez.
Politicamente, a área do cacau tem também que se reinventar.
Levi Vasconcelos